Que nasceu na beira de um pequeno rio
Ela se estiola quando a ventarola
Quebra lhe a corola sob um sol de estio
Entre pedra e areia ela corcoveia
Se borboleteia pelo riacho a fora
Cheia de tristeza pela correnteza
A flor indefesa lá se vai embora
(Ai, ai, ai, a flor que cai como a ilusão se vai
Ai, ai, ai, a mocidade vai pra não voltar jamais)
A flor descansa da ligeira dança
Quando a onda mansa chega na barranca
Fica ali brincando se saracoteando
E se mascarando com a espuma branca
Com sua charanga maviosa sanga
Vai na caipiranga carregando a flor
E a flor se aflige que nem prenda virgem
Procurando a origem dos seus ais de amor
(intro)
Foi o amor que eu tinha como a marrequinha
Que caiu levinha desta corticeira
E a flor da idade e a felicidade
Que nos da saudade pela vez primeira
(intro)