Quem não viu a cobra grande
Com certeza ouviu falar
Pois é dela o balanço
E os tormentos na beira do mar
Quando sonha sua calda
estremece toda a Guajará
Dizem que debaixo da sé
A dita põe-se a descansar
Mas não sei se é verdade ou crendice do nosso lugar
O que sei é que é fato o povo poder confirmar
Tem uma debaixo da igreja
Que dorme até Outubro chegar
Por ano uma vez com certeza
A dita sai pra passear
Cerca a mãezinha do céu e sua imensa grandeza
Belém estende as mãos seguindo a corteja
O suor do povo aos pés Lava o chão que lameija
E range o povo e faz um vai e vem de beleza
Não é conto de pescador
A fé conta a história mas linda
A cobra que se faz de amor
A corda que leva a berlinda