Fui convidado pra um farrancho missioneiro
Só de gaita e de pandeiro pra bailar a noite inteira
Sou índio guapo criado a reveria
Não tem noite não tem dia pra bailanta e borracheira
(Bamo que bamo só de gaita e de pandeiro
Que um farrancho missioneiro não tem hora pra acabar
E a moçada num trancão bem fandangueiro
Sobre a luz do candieiro vão até o dia clarear
Baileco velho iluminado a candieiro
Sou cantor e sou gaiteiro daqueles da moda antiga
E no gaitaço seguro baile lotado
Num trancão abagualado desses de perder a barriga
Eu sigo a vida alegre muito contente
Tocando pra esta gente tudo aquilo que aprendi
Pois tive sorte de nascer lá na campanha
E alegria me acompanha desde o dia em que nasci