(Uêba, uebadá, uê-a Uêba, uebadá, uê-a )
Era uma vez um menino que soltava pipa num raio de sol
E numa dessas viagens perdeu-se de casa, pra lá do paiol
Longe encontrou um amigo, falando de coisas que nunca ouviu
Tocando uma flauta tão doce, brincando nas gotas da água do rio
(Uêba, uebadá, uê-a Uêba, uebadá, uê-a )
Todos em casa aflitos, queriam por tudo saber quem levou
Pra longe dali o menino, talvez prisioneiro de algum malfeitor
Seu padre tocou o sino e seu delegado todo o povo reuniu
Armas! empunha o rosário!, matilha de cães, matula e cantil
Era uma vez um menino, sabendo de coisas que ninguém ouviu
Comendo raízes da terra, matando a sede na água do rio.
(Uêba, uebadá, uê-a Uêba, uebadá, uê-a )