Enfurnado na minha carapaça
Ah! quantas vezes devaneio e cismo
No lago perigoso do egoísmo
Enquanto o Amor me chama e logo passa!
Meu próprio eu é quem me faz trapaça
A destilar o fel do seu abismo
Polui as águas claras do Batismo
E desperdiça o santo sal da Graça
Lá fora é dia! O Sol o azul inflama
E toda a Criação convida e chama
A erguer louvores
Ao Senhor de tudo!
E enquanto a vida ali se desenrola
A tristeza me prende na gaiola
Pássaro cego, enfermo, preso e mudo