Meu irmão de crinas brancas de onde vem a rebeldia
Das gerações de hoje em dia subindo pelas barrancas
Será que são diferentes que as nossas rebeldias
São outras geografias sonhando outros continentes
Será que com sol e vento nosso couro se curtisse
E a gente ao menos não visse que somos frutos do tempo
Será que ao matar fronteiras aos filhos e descendentes
Não fomos imprevidentes esquecendo outras maneiras
Será que cuidando a lida com rubeis e cavalos
Esquecemos de norteá-los para as tropeadas da vida
(Que será que mudou tanto meu irmão crina prateada
De onde vem esta tonada e essa revolta no canto
Será que nos excedemos ao falar em liberdade
Quando foi fraternidade a herança que recebemos
Nestas dúvidas brasinas eu penso correr das luas
Será, meu irmão de crinas que não perdemos as duas
Será, meu irmão de crinas que não perdemos as duas)