Passa o pente
Ajeita o topete, se apressa
Porém, preste atenção
Pra não tropeçar no tapete
Tira a tampa do pote, tempera, experimenta
Bota os pratos, azeita o pirão, põe pimenta
Prepara uma porção de polenta
Pra apaziguar o apetite dos primeiros
E, enquanto o pessoal não aparece
Breve pausa para lembrar o passado
Velha vitrola (os mais novos vão achar engraçado)
Dá um tapa na limpeza
O processo parece lento
E o vento que paira
Ameaça piorar o tempo
Pingos de chuva atrapalham
Interrompendo o futebol dos pequenos
(para o meu desespero!)
A patota com o pé sujo de barro
Palito, papel de pirulito pelo chão
Um apelo, um grito; quase aos prantos
“Você esqueceu de botar sal no feijão!”
Os primeiros convidados aportam
Está tudo quase já no ponto
Ninguém repara o quanto nos portamos tontos
O prazer aos poucos pinta e toma posse
Com um pouco de paciência tudo ficou pronto
A gente sempre apanha para aprender
Mas promete se aperfeiçoar num próximo encontro