Tomei um trago de canha e virei o cano da bota
Dei "uns" grito no potreiro e voltei os boca de grota
Arrastei as minhas "pobrezas," bem pra o meio da mangueira
E a matungada na volta fazia uma povadeira.
Embuçalei o mais quebra que já no primeiro arranque
Fez que se assustou da cola e se abraçou com o palanque,
Prendi-lhe o chergão na cara e aticei a cachorrada
Levantou uma ventania e as bruxas davam risada.
(Quando eu amanheço loco até o diabo se apavora
Encilho até "lobisomem" e risco o "malo" de espora
Pois bicho que faça rastro comigo conhece as normas
Apanha se esconde o toso e atende ao grito de forma)
Int.
Me acomodei nos arreios e tenteei "dum" estribo ao outro
Quebrei meu chapéu na testa e gritei que largasse o potro
Saltou "cuspindo nos pulso" quando lhe abracei com os ferro
E o mouro-pampa enganchado chamou meu nome num berro.
Quase que trocou de ponta "tai" o "joão pedro" que diga,
E quando se levantava chegava a mostra a barriga
E eu guasqueando cruzado achava lindo o retoço
E sarandeava as "rodaja" sobre a tábua do pescoço.
/Sentado nos meus "recaus" me paro cheio de manha
Pois quando eu largo a cabeça só minha sombra me acompanha
Sou fronteiro e não refugo o maula por desgraçado
A china me alcança as garras e o sol me faz um costado/
Int.