Quando um matungo veiaco arrasta o toso comigo
Ali no mais eu me obrigo campear a sorte na espora
Cavalo é sempre um perigo na gineteada ou na doma
Deixo que a espora lhe coma que assim minha sorte melhora
Depois que eu saltar no lombo
Só quando que eu quero eu apeio
Minha fama anda a cavalo
E vai de rodeio em rodeio
Peguei gosto pela vida de andar no mundo a cavalo
E hoje os que eu embuçalo também é por precisão
Pelas estâncias domando ou nos rodeios de xucros
A montaria é meu lucro e os potros minha devoção
As botas garrão de potro e um sombrerito tapeado
Um tirador retalhado de coices e manotaços
Vão desenhando na estampa as cicatrizes da lida
E o meu seguro de vida é um par de esporas de aço