Pra quem não sabe
Como andejo me apresento
Arrocinado no mundo
Destino e mala nos tentos
Deste meu jeito
Trago a querência marcada
Gadelhudo e basteriado
Marca velha que eu sustento
Conheço o vento
Pelo sopro donde vem
E a cara do calaveira
Quando não vale um vintém
Sempre fiz gosto
Pras carreiras de domingo
Com semblante de monarca
E se o bochincho descambar
Para algum rancho
Nem que seja de carancho
Me entrevero na fuzarca
Quando eu me apeio
Num bolicho de campanha
Pra lotar frasco de canha
Me benzer na pulperia
Sigo alarife
Pra cabeceira da tava
E a alma velha se lava
Vendo a sorte que me espia
Ninguém me ganha
No grito ninguém me aperta
Que na hora da lambança
Abro picada na certa
E assim por diante
Chapéu torto e satisfeito
E que me importa o delegado
Surrando a vida
E a cara destes ventenas
Não dou asas nas nazarenas
Pra bagual de lombo arcado