Hoje, todos os dias já são chuvas, E a tentativa de torna-los sol
É respondida com silencio pálido, De quem te ouve mas não te compreende.
O ignorar, já não mais surpreende, O velho tolo que por ti só bate. Por ti, amor.
Hoje, o que era ontem passa na lembrança, Como um velho cinema mudo.
Palavras são lançadas ao vento, Como sinais de perigo, perigo ao mar.
E eu, que era príncipe, sapo volto a ser. O espelho já não conta mais aquela história de quem é o que.
Conto de fadas, que descanse em paz.
O calabouço virou meu castelo e meu carrasco, um anjo protetor.
Falta agasalho pra fugir do frio, pois o verão, se é que alguém já viu,
Pediu suas férias e foi viajar.
Juntou suas coisa me deixando só com a esperança dele retornar.
Se é que vai voltar.
Se é que vai voltar.
Se é que vai voltar.