Rancho de tábua fronteira atilho firmando a quincha
Nascer do sol que relincha com olhos de recolhida
Ritual da estância na lida na hora de um buenos dias
Mas segue escondendo a cria na espera da recorrida
Ao trote cruzo a invernada que faz divisa com o passo
E manso sigo o compasso da melodia assoviada
Pra revisar as aguadas e o bordonear do alambrado
Perigo de um atolado nos meses de chuvarada
Manha de vento soprando faz um floreio no pala
E o som do campo não cala pra quem recorre tiflando
É como tropear cantando se traz alguém pro costado
Mirando somente o gado e algum terneiro berrando
E o dia e para pouco nas voltas de uma atracada
Vaquilhona, a zebuada, com ganas de ganhar a grota
Quase que se descogota na pontaria do braço
É pingo cinchando laço e púa firme nas botas
A noite boleia a perna à espera de um novo dia
E uma cambona que chia num fogo manso de aroeira
O lombo cala as basteiras na ringideira das horas
e uma linda na memória que o pensamento ponteia