Eu as veis tô me lembrando de um bom compadre que eu tinha
Valente como o diabo pior que galo de rinha
Quando o compadre puxava sua faca da bainha
Até a própria polícia prometia mais não vinha
(Intro)
Me contou um morador lá do rio Gravataí
Que na costa desse rio ninguém mais pescava ali
Porque tinha aparecido uma cobra sucuri
E aquela cobra fazia todo pescador fugir
(Intro)
Eu contei pro meu compadre ele garro e pegou a rir
Me convidou pra ir lá mas eu já me arrependi
Pra ele não embravecer eu fui obrigado a ir
Lá na costa deste rio ver a cobra sucuri
(Intro)
Nós cheguemos na barranca eu senti um arrepio
Mas quando eu vi a cobra o meu compadre também viu
A água fez uma onda e na onda a cobra sumiu
E ainda por desaforo deu uns quatro o cinco pio
(Intro)
Meu compadre vendo a cobra já foi largando a tamanca
Deu um jeitinho no corvo e da sua faca ele arranca
A cobra veio piando veio subindo a barranca
E eu também já fui subindo num pé de figueira branca
(Intro)
Lá de cima eu tava vendo como um homem se desdobra
Ai vi que meu compadre tinha destreza de sobra
Ele foi dando um jeitinho foi fazendo uma manobra
Que em vez da cobra como ele, ele é quem comeu a cobra
(Intro)
Depois da cobra comida meu compadre embraveceu
Olhou para mim e disse porque foi que tu correu
Ora, ora meu compadre tu bem sabes quem sou eu
Eu tava loco de medo da cobra que tu comeu
(Intro)