Queria ser uma árvore velha
Com mais de mil anos não ter coração
Somente folhas não,
Folhas paciência e grandes raízes
E assim agarrado ao chão
Com toda saúde das minhas raízes
Mataria minha imensa fome, minha imensa sede
Me aprofundando cada vez mais ao chão
A chuva seria toda minha riqueza
E se faltasse o meu único lamento
minha música seria o vento
Compasso da madrugada
Queria ser uma árvore velha
Com mais de mil anos não ter coração
Pois para mim a verdade da vida é morrer
E depois renascer em sementes de lua
Para germinar romper madrugada ciranda lunar
E amigar-me da lua ser namorado dela
Beber sua magia Fazer poemas pra ela