Ao fechar os olhos, volto no tempo e fico imaginando
Tudo natural, tudo tão real, tudo que deixei
Aquela casa que era de madeira
Aquela estrada que era boiadeira
E o samburá dependurado ao lado do fogão de lenha
Quando os olhos não enxergam
Não podem ver o que restou
Tudo que plantou tudo morreu
Em meu sono profundo
Sinto apenas o cheiro de chão
Doce perfume do meu sertão
Lembro-me ainda dos velhos tempos de minha infância
Na inconsciência, pura inocência, olhando fiquei
Ao raiar o dia Papai foi pra roça
E minha Mãezinha cuida da palhoça
A luta é dura, mais a colheita encheu a tuia