minha vida era um palco iluminado
eu vivia vestido de dourado
palhaço das perdidas ilusões
cheio dos guizos falsos da alegria
andei cantando a minha fantasia
entre as palmas febris dos corações
meu barracão no morro do salgueiro
tinha o cantar alegre de um viveiro
foste a sonoridade que acabou
e hoje, quando do sol, a claridade
forra o meu barracão, sinto saudade
da mulher pomba-rola que voou
Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor dos lábios meus
A procura dos teus
Vem matar essa paixão
Que me devora o coração
E só assim então
Serei feliz
Bem feliz Meu coração bate feliz