Tenho um burrão de raça
que é uma taça lá no meu retiro
Pra falar mesmo a verdade
em qualquer cidade ele enfrenta tiro
Quando levanto o meu braço
ele espicha o baço e dá um suspiro
meu burrão já está na história
tem tantas vitórias que até me admiro
Solo 3: (ta adaptado pro violão)
Na cidade de Campinas
Tem uma menina disse quem me ama
Fui pedir a mão da moça
O velho fez força quase que "nóis" trama
A moça muito faceira,
Sem fazer zueira se jogou na cama
Garantiu pro meu amigo
De fugir comigo no burrão de fama
(repete o solo 3 e a introdução)
Chegando o dia marcado
Eu sai armado pra encontrar com ela
Mas como o prédio era baixo
encostei o macho na sua janela
Quase que caí de susto
quando vi o busto da linda donzela
me veio no pensamento
era o casamento em qualquer capela
(repete o solo 3 e a introdução)
"Saímo" cortando estrada
já de madrugada no burrão do ano
O pai dela era um torpedo
que até dava medo de ver o baiano
Eu fazia fé no trinta
que tinha na cinta com um palmo de cano
trinta bala na guaiaca
dois palmos de faca que fazia dano
(repete o solo 3 e a introdução)
Bem antes de "nóis" casa
eu mandei soltar o burrão no pasto
Quando "vortamo" da igreja
mandei vim cerveja da venda do Basto
Aí chegou o baiano
que veio bufando em cima do rastro
confessou no meu ouvido
casando fugingo, é menor o gasto
(repete o solo 3)