Nas roupas de cama do nosso aposento
Ainda existe um pouco de acalento
Pois sinto ainda o perfume seu
E no calendário marcado com X
Pois marca a hora do seu triste adeus
E no guarda roupa se abro eu vejo
O casaco verde que ela deixou
Soberbo parece conversar comigo
Querendo provar que é meu amigo
Pois somente ele não me abandonou
Casaco verde, verde esperança
Fiel companheiro da minha agonia
Você é apenas pedaço de pano
Porem a saudade cruel desengano
Pois me lembra o corpo que você cobria
Nas noites quentes são noites frias
Para mim é sempre noites de agonia
Como um sonâmbulo passo acordado
Já virou rotina não é mais surpresa
Pois sabem que estou quase alucinado
E nas madrugadas já é meu costume
Ir ao guarda-roupa perto da janela
E voltar pra cama beijando o casaco
Para adormecer com ele nos braços
Sonhando estar dormindo com ela
Repete: Refrão