Quem sabe como será?
Mais uma nota soa no ar
Isso é coisa nossa
E não há quem possa controlar
Uou uou uou uou uou uou uou (2x)
E o sentimento vai tão longe
A gente não se esconde
Inevitável cantar (cantar!)
Sem documento, carteira
Sem eira nem beira
Sem pecar, sem pagar (tem que pagar?)
Tem que pagar
Mas eu não me intimido
Eu falo, eu também falho
Eu mesmo pago o castigo
Sem mão na palmatória
Nem sermão no meu ouvido
Eu quero ser quem sou
De peito aberto, de pé
Como canário do reino
Que irradia alegria e axé
E voa bem alto
Pra onde quiser
Eu quero olhar
Pra tudo, tudo, tudo, tudo
E um novo dia chegará
Novas notas na voz popular
Velhas melodias vou lembrar
E cultivar pra sempre
O gérmen da revolução
A música é minha missão, me guia
Para onde eu queira
A minha fé, minha razão, me guia
Para qualquer lugar que eu queira
Correntes não amarrem
O meu corpo, a minha canção
Que é guerreira
E não há de se calar
Ye man!
Desde 1960
Que o sabiá tenta
Do urubu se libertar
E o Mundo Livre deu a letra
Quem precisa de ordem
Para que precisa?
Ouvi cantar um som
Na janela estreita da lei
Levantei pra ver
E cada nota tocada
Era um raio de sol
Uou uou uou uou uou uou uou (2x)
A música é minha missão, me guia
Para onde eu queira
A minha fé, minha razão, me guia
Para qualquer lugar que eu queira
Correntes não amarrem
O meu corpo, a minha canção
Que é guerreira
E não há de se calar
Ogunhê!