"Olha a mangueira cavalo!", ecoa lá do potreiro.
Vêm se trompando matreiros, sobre o charco do barral.
Encostam encontros na forma, roncando venta e virilha.
Até que toda a tropilha mete a cara no buçal.
Graxa pingando na brasa, ronco de mate e cambona,
E tilintar de choronas lavrando o chão do galpão.
O movimento da encilha deixa a cuscada latindo.
E eu adelgaço o meu pingo no abraço do cinchão.
Quatro galhos bem atados lá na grimpa do sabugo.
Que eu sou de pechar refugo contra a estronca da porteira.
Depois de bem estrivado sobre os esteios dos loros,
Solto um silvido sonoro pra minha escolta ovelheira.
Declamado: (REPETE INTRO)
Saio ao tranquito pro campo assoviando uma toada,
Mirando a estampa encarnada do horizonte fronteiro.
A barbela com o coscojo duetam com maestria,
Regendo uma sinfonia no aço branco do freio.
Aparto a vaca com cria, é um mandamento pampeiro.
Que a precisão de campeiro está no punho e na armada.
Num pealo de sobrelombo abro pra fora o picasso,
E o terneiro está no laço, e a vaca com a cachorrada.
(REPETE REFRÃO)