Troquei meu chapéu de feltro,
Por um de palha mais leve,
Que também muito me serve,
Para abrigar-me do sol.
Botei na linha o anzol,
E fui pescar na lagoa,
Boto remo, na canoa,
Pra ver saltar a tainha.
E entre uns goles de purinha,
Que eu trouxe lá do bolicho,
Pensando nos meus cambichos,
Passei a tarde inteirinha.
E se no inverno sou campeiro,
No verão, sou pescador!
Pescador artesanal,
Das praias do litoral.
Iço pano na canoa,
Pra fugir, do lameirão.
Ai um rebojo anunciando,
Um temporal de verão.
Quando o barco dá na praia,
Peixe no carro de mão.
Bombachita arremangada!
Eu grito, no quarteirão.
Olha a tainha,
O linguado e o camarão.
Olha a tainha,
O linguado e o camarão!
Sou um campeiro,
Pescador por precisão.
E se no inverno sou campeiro,
No verão, sou pescador!
Pescador artesanal,
Das praias do litoral.
Pescador artesanal,
Das praias do litoral!