Vocês tão vendo no canto da sala
Um objeto de estimação
É uma cadeira velha de balanço
Que sempre me trouxe recordação
Essa cadeira hoje traz saudade
De um tempo que feliz eu vivi
Velhas histórias de meu avozinho
Que com carinho dele eu ouvi
Lembro com muita saudade
Do livro aberto sobre sua mão
Da sua boca a inspiração
Seu jeito doce de histórias contar
Eu deitava em seu colo
Ele pegava a viola pra tocar
Cantava belas canções de ninar
Pra no seus braços eu adormecer
Hoje cadeira em você eu sento
E assim poder meus sonhos embalar
E no balanço do seu vai e vem
Faz o passado comigo voltar
Deitado aqui nos braços da lembrança
Fechando os olhos bate o coração
Vejo você meu querido avozinho
E a casinha branca do estradão
E o tempo que passou
Fica aqui dentro no fundo do peito
Saudade dói demais e não tem jeito
Só a viola pode consolar
E no cantinho a sala
Tem a cadeira velha de balanço
Que hoje sentado nela eu descanso
O meu passado que não vai voltar