Cada interior que há no olhar da minha gente
É um rincão de sombra mansa e de sereno
É o próprio pago com sentidos de crescer
Na mesma sina de quem sabe que é pequeno
É um rancho simples e mais outro lado a lado
Barro de tempos nas paredes sem janelas
E um jeito seu, original em ser morada
Simplicidade e o que a vida deu pra ela
O arvoredo, fica ao sul da encruzilhada
Rumando a estrada que se vai, sem nem notar
Que quem um dia ganha um rumo só de ida
Espera um tanto, pra na vida se encontrar
Mate cevado, prosa boa, até se encontra
Quando a tarde encarde o céu e a chuva desce
Água de longe, fogo escasso pras cambonas
É um, dois mates e depois já se agradece
Há uma esperança, no florir das laranjeiras
De tempos doces, de esperar mesmo que em vão
Que a vida boa um dia chegue e desencilhe
E ajeite um rancho igual a tantos no rincão
Não é pecado ser feliz com pouca coisa
Quando se quer apenas vida em um pouco más
Pois pra quem vive um dia assim depois o outro
O tempo é escasso, pra querer voltar pra trás
O arvoredo, fica ao sul da encruzilhada
Rumando a estrada que se vai, sem nem notar
Que quem um dia ganha um rumo só de ida
Espera um tanto, pra na vida se encontrar
Mate cevado, prosa boa, até se encontra
Quando a tarde encarde o céu e a chuva desce
Água de longe, fogo escasso pras cambonas
É um, dois mates e depois já se agradece