A cachaça amiga, não há quem me diga que não tem valor Por ela ser tão boa, vive assim a toa sem saber se impor Ela dá coragem, ela dá vantagem, dá inspiração E não admite falta de apetite numa refeição A moça solteira que por brincadeira toma o seu pifão De volta da cana, debaixo da cama tem um garrafão Dizem que sou uva, dizem que sou chuva por ser bebedor A vida nada vale, a boemia sabe quando exprime a dor Quando é meia-noite, pela fechadura de um botequim Eu controlo as tripas, namorando as tipas que gostam de mim Quando estou bebendo, só em ti pensando, minha doce amada De saudade eu morro, venha ao meu socorro, é mais uma lapada