Nos fandangos do Sodré
Sou pé de vento na sala
Que bicho atrevido
Mais cheio de prosa
Crioulo da serra
Do campo e do mato
Empeça o fandango
Ao roncar da cordeona
De jaleco branco
E lenço maragato
Vai cruzando a noite
entre braços e abraços
Proseando com a china
De um jeito insistente
Chorando suas penas
Pedindo caricias
Carente de afagos
Que acalmam a gente
Chorando suas penas
Pedindo caricias
Carente de afagos
Que acalmam a gente
Abre a gaita seu gaiteiro
Que na sala eu sou de fé
É nesse embalo pampeano
Que se desdobra as muié
Sou sangue herança dos Cunha
Lá do Rincão do Sodré
E o que tu fizer com as mãos
Eu desmancho com os pé
Enxaguo a garganta
Num samba da copa
E a noite tranqueia
Buscando outro dia
O gaiteiro floreado
Floreia mais uma
E a sala incendeia
Na velha mania
O bicho pachola
Arrasta as esporas
Levantando poeira
Do piso batido
Aparto uma china
Pro lado de fora
E o baile termina
Num pala estendido
Aparto uma china
Pro lado de fora
E o baile termina
Num pala estendido