Meu nome é Bento
Eu vim com as vozes do vento
Soprado da imensidão
Nas asas de uma canção
Eu sou matreiro
Malando, muito maneiro
Feito acordes tirados
De um sábio violão
Do canto do currupião
Me chamam é Bento
Mas podem me chamar de Pedro
Mas podem chamar de João
Conselheiro, ou Lampião
Que eu não esquento não
Sou o relento
O vinho do cálix bento
A curva que faz o vento
A montanha, o ribeirão
O aboio do sertão
Quem viu a Yara daqui
Quem viu Saci por aí
Cadê Caipora dali
Curupira, boi tata
Todo cui dado é pouco
Que o Bento acabou de chegar
O Bento que benta o fra de
O ventre que benta o Bento