Bate pra mim, bate pra mim
O bolo de fubá que eu tô fazendo
Bate pra mim, bate pra mim
Que pra crescer eu ponho fermento
Banheiro tá ocupado, a gente, quer bater
Salário atrasado, a gente, quer bater
Roubaram o seu carro, a gente, quer bater
A melhor maneira de desabafar é assim
Bate pra mim, bate pra mim
O bolo de fubá que eu tô fazendo
Bate pra mim, bate pra mim
Que pra crescer eu ponho fermento
Eu chego no serviço bato o meu cartão
Assento em minha mesa bato até doer a mão
Só para quando é hora de comer um rangão
Pois quem bate comendo morre de indigestão
Bate pra mim, bate pra mim
O bolo de fubá que eu tô fazendo
Bate pra mim, bate pra mim
Que pra crescer eu ponho fermento
A foto, o carimbo, a radiografia
A testa na parede, aquilo na pia
Parece que bater virou disritmia
Vou acabar pegando uma bruta anemia
Bate pra mim, bate pra mim
O bolo de fubá que eu tô fazendo
Bate pra mim, bate pra mim
Que pra crescer eu ponho fermento
Vovó me disse um dia, bater é inadequado
Perdi a referência, perdi o rebolado
Preciso de carinho, preciso de cuidado
Quem se habilita nesse ato solidário
Bate pra mim, bate pra mim
O bolo de fubá que eu tô fazendo
Bate pra mim, bate pra mim
Que pra crescer eu ponho fermento
Bate
Na cara lavada da hipocrisia
Na histórica atitude passiva
Na lei de Gerson que contamina
Sucesso a qualquer preço também rima
Na desesperança de um novo dia
Na fome perversa que atravessa
No pacto do homem com o diabo
Na intolerância do cotidiano
Bate
Na cara lavada da hipocrisia
Na histórica atitude passiva
Na lei de Gerson que contamina
Sucesso a qualquer preço também rima
Na desesperança de um novo dia
Na fome perversa que atravessa
No pacto do homem com o diabo
Na intolerância do cotidiano
Bate pra mim, bate pra mim
Que pra crescer eu ponho fermento
Bate pra mim, bate pra mim
O bolo de fubá que eu tô fazendo
Bate pra mim, bate pra mim
Que pra crescer eu ponho fermento
Que pra crescer eu ponho fermento
Que pra crescer eu ponho coloco e produzo fermento