Um velho cruza a soleira, de botas longas, de barbas longas de ouro o brilho do seu colar
Na laje fria onde quarava sua camisa e seu alforje de caçador
Oh, meu velho invisível Avôhai
Oh, meu velho indivisível Avôhai
Neblina turva e brilhante em meu cérebro coágulos de sol
Amanita matutina e que transparente cortina ao meu redor
E se eu disser que é meio sabido você diz que é meio pior
E pior do que planeta quando perde o girassol
É o terço de brilhante nos dedos de vinha avó
E nunca mais eu tive medo da porteira
Nem também da companheira que nunca dormia só
AVÔHAI, avô e pai
AVÔHAI
O brejo cruza a poeira, de fato existe um tom mais leve na palidez desse pessoal
Pares de olhos tão profundos que amargam as pessoas que fitar
Mas que bebem sua vida, sua alma na altura que eu mandar
São os olhos são as asas, cabelos de avôhai,
Valeu ---Renato Lopes ---
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