Enquanto o sono não chega eu morro
Rindo das desgraças do dia
A folia dos garis
E a maçã disputada a ponta pés
Enquanto o sono não chega eu morro
Rindo das promessas do dia
Essa luz que me chama e não vem pra iluminar
As auroras que um dia hão de brilhar
O direito altivo
De negar, qualquer hóstia e qualquer pão
Eu não quero que ninguém me leve pela mão
Eu prefiro ficar sentado no chão
Retendo as coisas pequenas
Que você nem viu
Eu não quero que ninguém me leve pela mão
Parece tão fugaz esse meu prazer
Mas já ruíram os muros
De toda elevação
Enquanto o sono não chega eu morro
Rindo das promessas do dia
E da insistência em esperar
As auroras que um dia hão de brilhar
O direito altivo
De negar, qualquer hóstia e qualquer pão
Eu não quero que ninguém me leve pela mão
Eu prefiro ficar sentado no chão
Retendo as coisas pequenas
Que você nem viu
Eu não quero que ninguém me leve pela mão
Parece tão fugaz esse meu prazer
Mas já ruíram os muros
De toda elevação
Já, que dos afinais pra cá
Nada restou
Me disfarço de tudo que decai
Na contramão da fé
Parece estar
Aquilo que eu sou