Verso
Na quarta eu não vou podar
As flores do jardim, e no anoitecer
Os talheres vão lhe faltar
E quem sabe se der por mim, quem sabe adormecer e ver
Refrão
No seu peito oco sempre guardo os sonhos
que pedi A Deus, meu pai, minha filha agüenta
Construo um mundo de retalhos, remendo os que mantive
Verso
Com honra e fria vou me embora
Sem nem me despedir, eu não me precavi
Com uma recaída nessa hora
Só vou admitir que não quero sair ainda não
Refrão
Em tempos árduos eu confesso
Cogitei desistir, mas hoje eu sei que foi-se o dia
Em que teu abraço tomou minhas vestes
E confusa eu me ri, soube no ato o quão queria
Ser tua mulher, tua objeção
Tua musa vai partir pois lagrimas não vão ferir
Mini-Solo
Outro
Me perdoe minha flor eu não sei
O que me ocorreu, mas pequei e me arrependo tanto
Que deixei pra trás minha juventude, eu serei
O homem que coroarás rei dos seus domínios
Peço em prantos pra ficar
Canto contos pra espantar
Os desencantos que fui forjar
Peço em prantos pra que a mulher em ti possa ver
Que não cabe a mim escolher
Por ser analfabeto e não ler