Pepa é uma porquinha muito inteligente
Que vive, tão contente, no meio da gente
Que corre em liberdade e rola pelo chão
Que brinca, bem feliz, com Totó, o cão
Cheia de denguinho, adora um carinho
O gato Gatuno é seu companheirinho
Dorme, com conforto, num lindo quintal
A Pepa é muito amada, um doce de animal
Mas há uma outra Pepa num canto do mundo
Criada em cativeiro, num lugar imundo
Que sente tanta dor, e que sozinha chora
Porque a compaixão o Homem ignora
As Pepas pra comida são sempre numeradas
São Pepas sem amor, são sempre maltratadas
Porque essa gente grande, que se diz racional
Ainda não notou que vida é tudo igual
Pepa é uma porquinha, Coroca uma galinha
Memé, um cordeirinho, Mimosa uma vaquinha
José, meigo menino, Rosinha, amável tia
Em prece agradecem a vida que irradia
Bibi é um coelho, Crinaldo um cavalo
Donaldo é um pato e Cisco é um galo
Maria é a “vó”, luz dessa família
Que ensina, com respeito, que o amor se compartilha
Será que é tão difícil parar o sacrifício
De toda e qualquer vida, pois bicho não é comida?
Os irmãos animais em meio a tantos ais
Só pedem compaixão por toda a criação
Mas cresce a esperança, o mundo está mudando
E tem muito bebê nascendo já vegano
Pra construir de Amor o mundo que há de vir
E a vida há de fluir sem dor ou desamor
Pepa é uma porquinha muito inteligente
Que vive, tão contente, no meio da gente
Que corre em liberdade e rola pelo chão
Que brinca, bem feliz, com Totó, o cão