A todo povo lutador, povo guerreiro
Que leva a vida na raça, na lata, na cara, no chão
A todo povo sofredor, à nossa gente
Que é do mundo semente de gente, de mente e coração
Êh Piauí! Êh Maranhão!
Cubrai vossos filhos do sol do sertão!
Êh Amazônia! Êh Cerradão!
Os olhos do mundo no nosso pulmão!
Êh Parnaíba! Êh rio Poty!
Guardai vossos peixes do longo verão!
Êh cearense! Êh Bacabal!
Somos o futuro do bem e do mal!
Todo menino sonhador, todo herdeiro
Dessa receita de massa que estraga o miolo do pão
A todo novo salvador a toda cidade
Da margem, morros e grades, da cruz que carrega a imagem do cão
Êh Corcovado! Êh zona sul!
O sol do equador ilumina o Brasil!
Êh Caatinga! Êh Chapadão!
Da carne, do couro, do arroz com feijão!
Êh Paraíso! Êh tropical!
Do meio do norte de neanthertal!
Êh Capixaba! Êh Carajás!
Escondei vosso ouro de Cortês e Cabral!
Do samba, do maracatu, do boi-tatá, do boi-zebu, do boi careta
Do negro, índio e branco
Êh brasileiro! Planalto central!
Os dentes de quem já chorou no final
Êh burguesia! Êh Capital!
Do socialismo em noite de natal
Êh terra brasilis! Oh mundão de meu Deus!
Somos tão fortes quanto o europeu
Êh Arawake, Xavante, Esquimó!
Presente e futuro que o passado esqueceu
Presente e futuro que o passado esqueceu!
Presente e futuro que o passado esqueceu!
Yê, yê, yê, yê, yê, yê, yê, yê, yô
Yê, yê, yê, yê, yê, yê, yê, yê, yô
Yê, yê, yê, yê, yê, yê, yê, yê, yô