Terra de areia grossa
E pernas finas
Tua voz seca é a nossa
Sina que em si nos ensina
Estrelas quase meninas
Arranhando o céu da boca
O brilho da vida severina
Ecoa em cada cabeça oca
Estampas segredos de um povo
Revelas o instinto do novo
A renda desvenda na saia
As linhas jocosas da moça bonita
Na beira da praia
Das esquinas maralinas
O tambor vem vestido de xita
Nossa alma colombina
Não tem seda, nem balangandãs, nem laços de fita
Vem descalço no asfalto
No mundo da lua segue por amor ao tambor
Cada anjo safado que cai lá do alto
Nasce no meio da rua sem esperar salvador