Lyrics of
A saga de um vaqueiro

ô ôôô ôôôôô ôôô
Vou pedir licença pra contar a minha história
Como um vaqueiro tem suas perdas e suas glórias
Mesmo sendo forte, o coração é um menino
Que ama e chora por dentro, e segue o seu destino,
Desde cedo assumi minha paixão,
De ser vaqueiro, de ser um campeão,
Nas vaquejadas sempre fui batalhador,
Consegui respeito por ser um vencedor
ô ôôô ôôôôô ôôô
Da arquibancada uma morena me aplaudia,
Seus cabelos longos, olhos negros, sorria,
Perdi um boi naquele dia lá na pista, mas um grande amor surgia em minha vida
Naquele dia começou o meu dilema,
Apaixonado por aquela morena,
Cada boi que eu derrubava, ela aplaudia
E eu, todo prosa, sorria
Então começamos um namoro apaixonado,
Ela vivia na garupa do meu cavalo,
Meus planos já estavam, traçados em meu coração,
De tê-la como esposa ao pedir a sua mão,
Que tristeza abalou meu coração,
Quando seu pai negou-me sua mão,
Desprezou-me, por eu ser um vaqueiro,
Pra sua filha só queria um fazendeiro,
ô ôôô ôôôôô ôôô
A gente se encontrava, sempre às escondidas,
E vivia aquele amor, proibido,
Cada novo encontro era sempre perigoso,
Mas o nosso amor era tão gostoso,
Decidimos então fugir, pra outras vaquejadas,
Queríamos seguir,
Marcamos um lugar, pra gente se encontrar,
Mas na hora marcada ela não estava lá,
Voltei em um galope,
Saí cortando vento,
Como se procura uma novilha, num relento,
E tudo em mim chorava por dentro
E tudo em mim chorava por dentro
Vieram me contar, que mandaram ela pra longe,
Onde o vento se esconde, e o som do berrante se desfaz
E um fruto do nosso amor,
Ela estava a esperar
Fiquei desesperado,por tamanha maldade,
Pensei fazer desgraça, mas me controlei,
E saí pelo mundo, um vaqueiro magoado,
Só por que um dia eu amei
ô ôôô ôôôôô ôôô
Passaram muitos anos, e eu pelo mundo,
De vaquejada, em vaquejada, sempre a viajar,
Era um grande vaqueiro,mais meu coração, continuava a penar
Um dia eu fui convidado, pra uma vaquejada,
Naquela região
Pensei em não voltar lá, mas um bom vaqueiro,
Nunca pode vacilar,
Nunca mais soube de nada, do que lá acontecia,
Eu fugia da minha dor, e da minha agonia,
Ser sempre campeão, era a minha alegria,
Depois de dezessete anos, preparei-me pra voltar,
Como um campeão,
Queria aquele prêmio pra lavar meu coração,
Mas sabia que por lá, existia um vaqueirão,
ô ôôô ôôôôô ôôô
Começou a vaquejada em uma disputa acirrada,
Eu botava o boi no chão, ele também botava,
Eu entrei na festa,
E ele lá estava,
Eu fiquei impressionado, como ele era valenti,
Tão jovem e tão forte, e tão insistenti,
Eu derrubava o boi,
E ele sempre a minha frente,
Chegava o grande momento, de pegar o primeiro lugar,
Os bois eram os mais fortes, ele não iria derrubar,
E sorri comigo mesmo "desta vez eu vou ganhaaar"
Quando me preparava, para entrar na pista,
Quando olhei de lado, quase iscureci a vista,
Quando vi uma mulher,
Aquela que foi a minha vida,
Segurei no meu cavalo, para não cair,
Tremi, fiquei nervoso, quando eu a vi
Enxugando e abraçando,
O vaqueiro bem ali,
Entrei na pista como um louco,
O batisteiro a percebeu,
Andei foi longe do boi,
?Há isso nunca aconteceu!?
O Vaqueiro entrou na pista, e eu fiquei a observar,
Ela acenava, ela aplaudia,
E ele, o boi a derrubar,
Derrubou o boi na faixa,
Ganhou o primeiro lugar
Fiquei desconsolado, envergonhado eu fiquei,
Perdi o grande prêmio,
Isso até eu nem liguei,
Mas perder aquele amor,
Há eu não me conformei,
Ela veio sorridente, em minha direção,
E trouxe o vaqueiro, pegado em sua mão,
?Esse é o nosso filho, que você não conheceu,
Sempre quis ser um vaqueiro, como você, um campeão,
E pela primeira vez, quer a sua Benção ?
Eu chorava, de feliz,
Abraçado, com meu filho,
Um vaqueiro, como eu, eu nunca tinha visto,
Posso confessar, "o maior prêmio,
Deus me deu ?
ô ôôô ôôôôô ôôô
ô ôôô ôôôôô ôôô