Ô Quilimero Assunta meu irirmão
Iantes mêrmo que nóis dois saudemo
Eu te pregunto naquele refrão
Qui na fartura nóis sempre cantemo
Na catinga tá chuveno
Ribeirão istão incheno
Na catinga tá chuveno
Ribeirão istão incheno
Me arresponda mei irirmão
Cuma o povo de lá tão
Só a terra que você dexo
Quinda tá lá num ritirou-se não
Os povo as gente os bicho as coisa tudo
Uns ritirou-se in pirigrinação
Os otro os mais velho mais cabiçudo
Voltaro pru qui era pru pó do chão
Adispois de cumê tudo
Cumêr' precata surrão
Cumêr' coro de rabudo
Cumêr' cururu rodão
E as cacimba do ri gavião
Já deu mais de duas cova d' um cristão
Inté aquela a da cara fêa
Se veno só dexô a terra alêa
Foi nas pidrinha cova de serêa
Vê sua madrinha e vei de mão c'ua vea
Ai dispois di comer tudo
Foram rir comeram aveia
Cumeram côro de rabudo
Capa de cangaia véia
Na cantiga morreu tudo
Qui nem preciso caxão
Meu cumpadre João Barbudo
Num cumpriu obrigação
Vai prá mais de duas lua
Que meu pai mandô eu i no Na-a-zaré
Eu e o irmão Zé Bento vinha andano a pé
Mãe lua magrinha qui está no céu
Será qui cuano eu cheguo in minha terra
Ainda vou encontrar o que é meu
Será que Deus do céu aqui na terra
De nosso povo intonce se isqueceu
Na catinga morreu tudo
Qui nem percisô caxão
Meu cumpadre João Barbudo
Num cumpriu a obrigação
Udo aõ
udo aõ