Estrada de chão, pó de acento na porteira
À frente, vida, atrás poeira
Levo um retrato na gibeira
Lembro seus olhos mareando, cabeça orgulho em meu chapéu
Mas o trote foi me afastando pra modo de não mais te ver
Não, não mais te ver, não, não, não mais te ver
Foi-se o retrato rareando
A cor do luto em meu corcel
De certo vida é passageira a sete palmos nada se vê
Não, nada se vê, não, não, nada se vê
São tantas curvas no caminho que me perdi de seu farol
Busco um atalho, uma saída, encontro as linhas de suas mãos
Sigo no rumo de suas veias, bato na porta, teu coração
Receba meus olhos vermelhos, mas sempre estive em suas mãos
Em suas mãos, meu coração, suas mãos
Meu coração