Quando o arrastão passou em 22 de abril
Perdeu, playboy!
Ninguém sabe, ninguém viu
No extrativismo pau-brasil
Não tinha ativismo estudantil nem direito civil
Quando plantou-se a cana na monocultura da grana
Implantou-se também o "vai em cana" pra monocultura da raça
Trabalho de graça, mordaça
E chamou-se de arruaça qualquer cultura que passa por terra africana
Da religião à dança
Dar cor da pele à trança
Da capoeira na praça
Quando a corte aportou em uma fuga genial
Encontrou filhos mulatos dentro do canavial
Desapropriou mestiços de uma forma "mãe gentil"
Estamos na rua desde o arrastão de 22 de abril