Key: D
Introduction: D
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Ele tem raiva guardada desde o meu primeiro afago,
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Que lhe espatifei dum pealo e lhe saquei os dois "bago"!
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Por isso , sempre que pode, não me desvia um pisão
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E eu lhe encaroço as "virilha" pra devolver a afeição!
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Anda sempre me tenteando, pra me arrancar um pedaço,
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Num coice, numa mordida ou mesmo num manotaço...
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É um amor correspondido, não é da boca pra fora;
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Então lhe faço um carinho com os sete dentes da espora!
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Eu e o meu cavalo zaino "semo" que nem dois irmão
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No fundo nós se "gostemo", mas não tem demonstração!
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"Me enxerga" e murcha as "orêia", num relho já dou de mão
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E o galpão "véio" da encilha quase "botemo" pro chão...
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Eu e o meu cavalo zaino cursamos a mesma escola;
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Um dia atraquei urtiga debaixo da sua cola,
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Ele entrou na brincadeira quando me viu sorridente
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E me presenteou um coice que me arrancou quatro "dente"!
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Trato bem cavalo manso, mas com maula não me encolho;
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Falo a língua do beiçudo que mostra o branco do olho!
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Um não tem mágoa do outro, pra nós é tudo normal,
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Só não sei, dos dois parceiros, qual é o mais irracional!