Key: A
Introduction:
A
Olha seu moço
meu berrante pendurado
E7
na parede do porão
Bm E7
há muito tempo eu ali dependurei
nele nunca mais toquei
A
pra não chorar de paixão
A7
também meu peito
D
já não tem força bastante
A7
pra repicar o berrante
D
e amenizar minha dor
E7
de uma saudade
A
das estradas e poeira
E7
de uma vida boiadeira
A
que pra mim já se acabou
E7 A
Porque saudade machuca tanto
E7 D A
nem do meu pranto você não tem dó
E7 A
e como dói é torturante
E7 A
ver meu berrante todo coberto de pó
Solo
A
Olha seu moço como dói meu coração
E7
ver a minha profissão que não tem mais serventia
Bm E7
porque agora se transporta uma boiada
numa gaiola fechada
A
em modernas rodovias
A7 D
não tem poeira não tem grito de peão
A7
não se ouve no sertão
D
um berrante em surdina
E7 A
por isso sinto no meu peito a grande dor
E7
o progresso me forçou
A
a mudar a minha sina
E7 A
Porque saudade machuca tanto
E7 D A
nem do meu pranto você não tem dó
E7 A
e como dói é torturante
E7 A
ver meu berrante todo coberto de pó
Solo
A
Olha seu moço
meu berrante no abandono
A7
o seu toque emudeceu
Bm
quando lhe vejo
E7
os meus olhos enchem d'agua
remoendo minhas magoas
A
me pergunto quem sou eu
A7 D
eu sou aquele um antigo boiadeiro
A7
um velho peão estradeiro
D
sem cavalo e sem boiada
E7 A
que ainda guarda um berrante pendurado
E7
como um troféu polvilhado
A
de poeira das estradas
E7 A
Porque saudade machuca tanto
E7 D A
nem do meu pranto você não tem dó
E7 A
e como dói é torturante
E7 A
ver meu berrante todo coberto de pó