Letra de
Diario de Um Fronteiriço

Permisso Paysano!
Que eu venho judiado
A vida campeira
Batendo os “costado"
Permisso Paysano!
Pra um mate cevado
Que eu ando na estrada
Co’a vida encilhada
Tocando o cavalo
Sou da fronteira
Me pilcho a capricho
Da lida que eu sei
Aperto o serviço
Meio gente, meio bicho
Ninguém me maneia
“Loco das idéia"
Sou duro de queixo
Um trago de canha
Os amigos de fé
O pinho afinado
Tocando milongas
E algum chamamé
Com a alma gaúcha
E um sonho dos “bueno"
Eu guardo a querência
A vida anda braba
E só mete a cara
Quem tem a vivência
Ah! Livramento me espera
Num finzito de tarde
Um olhar de saudade
A mirar da janela
Lá onde o xucro se amansa!
Na ânsia do abraço
Eu apresso o passo
Pra matear com ela
Ah! Livramento me espera
Num finzito de tarde
Um olhar de saudade
A mirar da janela
Lá onde o xucro se amansa!
Na ânsia do abraço
Eu apresso o passo
Pra matear com ela