Tom: C
Introdução:
C C7
Quem foi guri que se criou pela campanha
F
Correndo os campos com açudes de aguada
G7 C C7
Fazendo arte no arvoredo e na mangueira
F G7 C
Enquanto os homens descansavam na sesteada
C C7
Enforquilhado aquele flete de taquara
F
Eternizado na lembrança de um poeta
G7 C C7
Ou num petiço pras lonjuras do colégio
F G7 C C7
Onde a estrada se estendia em cancha reta
F G7
"Quem traz em si esse guri que trago em mim
E7 Am
Sabe que o tempo não apaga da memória
F C
Toda a doçura que a infância nos concede
G7 C C7
Do mel campeiro, das pitangas e amoras
F G7
Quem não despiu com um olhar a prima-flor
E7 Am
Musa campeira no compasso do chinelo
F C
Que por ser bela, em seu corpo de mulher
G7 C
Tinha ressábios de uma vara de marmelo"
C C7
E as brincadeiras e cirandas no terreiro
F
Sempre que a lua iluminava o chão batido
G7 C C7
Do pai campeiro em seu semblante de homem sério
F G7 C
E a mãe bordando pra os enfeites de um vestido
C C7
A cada dia que eu ficava mais taludo
F
Vendo a querência renascer sob auroras
G7 C C7
Fui aprendendo a respeitar cabelos brancos
F G7 C
E pra que servem um bocal e um par de esporas
F G7
"Quem traz em si esse guri que trago em mim
E7 Am
Sabe que o tempo não apaga da memória
F C
Toda a doçura que a infância nos concede
G7 C C7
Do mel campeiro, das pitangas e amoras
F G7
Quem não despiu com um olhar a prima-flor
E7 Am
Musa campeira no compasso do chinelo
F C
Que por ser bela, em seu corpo de mulher
G7 C
Tinha ressábios de uma vara de marmelo"