Tom: G
Introdução: G D7 G
G
Meu canto não conhece desencanto
D7
Vem peleando a tanto tempo mas não cansa de pelear
Hoje já se ouve a ressonância
G
Dessa voz de peão de estância conquistando seu lugar
Meu canto, se quiser eu te ofereço
C
Pois ninguém me bota preço quando não quero cantar
G
Meu canto, companheiro, não se ilude
D7 G
É como um cavalo de muda que cansou de cabrestear
D7 G
(Meu canto tem cheiro de terra e pampa
D7 G
É um andejo que se acampa tendo o mundo por galpão
C G
Grita pra que o mundo inteiro ouça
D7 G
É raiz de muita força rebrotando deste chão)
G
Meu canto, não é mágoa, não é pranto
D7
Nem passado, nem futuro, que o presente é mais verdade
Hoje o amanhã não me fascina
G
Tenho o ontem que me ensina mas não vivo de saudade
Canto nesta terra onde me planto
C
Mas não pise no meu poncho que eu empaco e me boleio
G
Canto pra pedir mais igualdade
D7 G
Quem não gosta da verdade que se aparte do rodeio
G
Canto, e minha voz quando levanto
D7
Não traz ódio nem maldade coisas que não sei sentir
Não que seja mais que qualquer outro
G
Nem mais taura, nem mais potro, se disser eu vou mentir
Peço pra quem julga e dá conceito
C
Que esqueça o preconceito e me aceite como sou
G
Manso como água de cacimba,
D7 G
Mas palanque que não timbra porque o tempo enraizou