Letra de
Quedas de Outono

Nascemos do mesmo abismo, vivemos o mesmo caos
Olhando todos na praça: "zil" homems, homens-animais
Uns passam nos automóveis, se acham seres imensos
Seus filhos crescem à sua imagem em futuras vãs criaturas
E sofrem por isso, e sofrem por isso
Olho pro alto e não vejo uma lástima de infinito
Ao meu lado uma festa explode em segredo
Onde um bêbado ridículo aos olhos dos lúcidos
Revela toda a vida em preto em branco
Engulo um trago da noite e abraço a madrugada
Um homem forte, másculo, deitado, coberto de flores
E dores, e dores
Jamais aceitara sequer uma pétala em quedas de outono
Jamais aceitara sequer uma pétala em quedas de outono
Façamos da lenha o fogo, um corpo que dança à chuva
Que as águas lavem os rostos, arrastem as tintas à terra
Que encharca mais e mais a lama, que encharca mais e mais a lama
E mais e mais a lama
E mais e mais e mais a lama