Não era bem isso que eu queria
Quando pedi "pára, não pára"
Eu não sorria, nem fingia
Quando bateste em minha cara
Não é pelo sangue, nem pelo corte
Mas que vai limpar a cama
A parede, a mesa, a estante
A veneziana
Não tenho mais orgulho
Mergulho no fundo do copo do poço,
Mergulho com gosto
É ver para crer,
Não queira entender
E pena, meu bem, tenha de alguém como você
Não tenho trabalho ou queixa que mereça
Alguma consideração
Preste atenção e veja
Qu'eu também sei dizer não
Não aguento, não lamento
Pseudo-análises sei de cor
Minha falta de amor próprio
É dos males o menor
Não tenho mais dinheiro
E o primeiro que houver eu gasto
Em tudo que dizes
Que não vale pena,
Não queira entender
E pena, meu bem, tenha de alguém como você
Não é pelo sangue, nem pelo corte
Se choro não se importe meu bem