Quando uma milonga fronteira, floreia grongueira, charlando distâncias de campo e de flor, por onde for
Um tempo novo abre os trabalhos, metendo cavalo, com o pinho nos braços fazendo um fiador, pra alguma dor!
Quando uma milonga marcada, Cutuca por nada mandando a palavra,
"Botá" no serviço a inspiração
A vista do lombo do arreio,
E a cuscada ovelheira no corredor!
Quando uma milonga buenaça
Ponteia lindaça, fazendo fumaça
Pra um chibo estendido n'alguma cruz
A gente faz tudo que gosta,
Mas só quem se topa, termina na volta;
Deitado nas cordas, ouvindo um violão!
Então tá!!!
Que tal fecha um mate, tocando pro gasto.
Com a alma lavada, cheirando a pasto,
Batendo na marca de um milongão
Então tá!!!
Que tal quebra o cacho da cola dos planos,
Largar a galope e a todo pano,
Matar a saudade de rir e chorar
Milonga!!!Milonga!!!