Pego meus avios de mate pra cevar um chimarrão,
Enquanto aquece a cambona milongueio a solidão,
E a alma fica em silêncio proseando com o coração.
Na calma das horas largas arrucinei o meu canto
Na magia da milonga germinam sonhos que planto
Nesta busca ensimesmada de paz, ternura e encanto.
Eu agradeço ao campo, tudo que o campo me dá.
Sustento pra o ano inteiro e calor de um bichará,
E este meu rancho campeiro que abriga a china e os piás.
Com esta ronda do tempo no lume dos horizontes
Na vida simples do campo tenho a natureza das fontes
E este matiz de esmeraldas cobrindo várzeas e noites.
Alma de campo é milonga onde meu canto navega
Na campeira sinfonia do vento pelas macegas
Vibra o som desta guitarra que aos meus carinhos se entrega.
Eu agradeço ao campo, tudo que o campo me dá.
Sustento pra o ano inteiro e calor de um bichará,
E este meu rancho campeiro que abriga a china e os piás.
Eu agradeço ao campo, tudo que o campo me dá.
Sustento pra o ano inteiro e calor de um bichará,
E este meu rancho campeiro que abriga a china e os piás.