Minha alma habita na pergunta sem resposta
No medo de não dar certo, numa taça de vinho, num toque, num carinho
Num animal abandonado na rua, na minha pele nua
No pensamento que me invade, nas tentativas da verdade
No roer das unhas, no orgulho e na ansiedade
Nas rugas e na idade
Minha alma habita na pergunta sem resposta
No vento na cara, estrelas no céu, na subversão do sentido de inimigo
No apego e desapego, em (não) querer agradar
No desejo de ser amada, em não conseguir ficar calada
Na ansiedade e no amor, no desejo por dias melhores
Aos que sobrevivem a dor, no pensamento que atormenta
No pensamento que me alimenta
Minha alma habita na pergunta sem resposta