Sou brasileiro sulista
Fui criado em galpão
Nas conversas ao pé do fogo
E das rodas de chimarrão
Onde o xote e a vanera
Faz parte da tradição
E se o fandango for bom
Vai até raiar o dia
Eu no embalo da cordiona
E nos braços das gurias
Quem provou jamais esquece
Um churrasco ainda sangrando
Os bailes de palizado
O lampião ia clareando
E em cima de uma mesa
O gaiteiro ia tocando
E se o fandango era bom
Eu ia até raiar o dia
No embalo da cordiona
E nos braços das gurias
Hoje vivo aqui distante
A saudade me atropela
Pulando dentro do peito
Feito burro na cancela
Só agora é que eu entendo
Que vida boa era aquela
Não tenho fandango bueno
Mas me resta uma alegria
O embalo desta vanera
E os braços da guria