Quanta lembrança a infância sempre traz
A quem foi piá e não perdeu suas raízes
Rico universo de surpresas e achados
Que nos encanta em alternâncias de matizes
Fruta nativa quem dirá que não provou
Ariticum, arassa e jabuticaba
E a gurizada em bando pelos matos
Em algazarra novos rumos conquistava
Fruta Nativa de gosto tão diverso
Adoçando o nosso tempo de piá
Nos reveses amargos da existência
Qual fruta nossa vida adoçará
Colorindo a natureza e o céu azul
Entre o verde e as flores perfumadas
Tens a cor dos lábios da mulher
A pitanga e a cereja avermelhada
Sete capote, xale-xale, guavirova
Guabijús, amoras e butiás
E se a fruta era estranha e esquisita
Todo cuidado na hora de provar
E nas grinfas dos pinheiros que surgiam
Com maneias e os pés para ribá
E na copada com mambrulio improvisado
Se procuravam outras frutas para apanhar
(Refrão)