Desde cedo eu fui criado, com carinho e muito jeito,
O meu pai, um fazendeiro, homem de muito respeito,
A mamãe sempre dizia, que pra tudo se dá jeito,
Mas se quer ser respeitado, decida e faça bem feito,
Não desfaça de ninguém, seja sempre um bom sujeito.
Alguns anos se passaram, veio então a adolescência,
Conquistei muitas mulheres, sem usar muita ciência,
Conheci maria rita, um poço de inocência,
Por ela dei a minha vida, não usei a inteligência,
Pouco tempo me deixou, sem pesar sua consciência.
Eu voltei lá pra fazenda, para tentar esquecer,
Tudo o que maria rita, tinha me feito sofrer,
Encontrei em meu trabalho, forças pra sobreviver,
Com o apoio da peonada, outra forma de prazer,
Moda boa de viola comecei a escrever.
Zé pretinho era um mulato, meu amigo e companheiro,
Dominava a viola, fez de mim bom violeiro,
Ele me dizia sempre, o passado é passageiro,
Deixe a moda e a viola, dominar seu corpo inteiro,
Não pedi, deus fez de mim, o melhor dos violeiro.
Com o repique da viola, e cantando com o coração,
Eu compus a minha história, que nasceu lá no sertão,
Sou primeiro em audiência, no rádio e televisão,
Fiz sucesso no estrangeiro, vendo disco aos milhão,
Graças a maria rita, deusa da inspiração.